ISSN: 2593-9173
André Mancebo Mazzetto1*, Arlete Simões Barneze2, Brigitte Josefine Feigl2, Carlos Eduardo Pellegrino Cerri1 e Carlos Clemente Cerri2
A produção de carne de bovino é uma das atividades agrícolas mais importantes do Brasil. Para aumentar a produção sem aumentar a desflorestação, os agricultores estão a intensificar a criação e a melhoria das pastagens. A principal técnica para aumentar o melhoramento das pastagens é a aplicação de fertilizante azotado, mas esta ação pode resultar na emissão de óxido nitroso (N2O). Avaliámos o impacto da aplicação de fertilizantes azotados nas emissões de GEE e na produtividade das pastagens numa pastagem localizada no sudoeste da Amazónia brasileira. Foram aplicadas doses agronómicas recomendadas de adubo azotado (NF) e doses mais elevadas, uma vez que foram aplicadas duas vezes (2NF) e quatro vezes (4NF) a dose recomendada. Um tratamento controlo sem fertilizante foi também analisado. A experiência teve a duração de 30 dias, onde foram observadas as emissões basais de todos os tratamentos, incluindo o controlo. A aplicação de fertilizantes azotados resultou em elevadas emissões de N2O. Não encontrámos diferenças entre os tratamentos NF e 2NF, mas todos os tratamentos foram diferentes do controlo. O maior rendimento forrageiro leva à baixa emissão de N2O por kg de forragem no tratamento com 4NF. De acordo com o nosso estudo, a melhor prática (benefícios agroambientais) é a aplicação de 100 kg N ha-1 (tratamento 2NF) na região estudada