ISSN: 2329-8901
Cristina SB Bogsan, Ana Carolina R Florence, Perina N, Claudia Hirota, Fabiana ASM Soares, Roberta C Silva e Maricê N Oliveira
O desenvolvimento de produtos lácteos contendo bactérias bifido é um dos principais focos da indústria alimentar, considerando os benefícios para a saúde atribuídos à sua sobrevivência através do trato intestinal e à libertação de compostos biogénicos. Com o objetivo de avaliar o efeito das condições do processo na sobrevivência de Bifidobacterium animalis subsp. Lactis HN019 e libertação de compostos biogénicos durante o armazenamento refrigerado foram empregues dois processos tecnológicos: (i) adição de Probiótico (leite bifido não fermentado; UFBM) e (ii) fermentação (leite bifido fermentado; FBM). As contagens de B. Lactis HN019 foram estáveis apenas em leites fermentados durante sete semanas de armazenamento refrigerado. Além disso, as matrizes lácteas associadas ao armazenamento refrigerado pareceram proteger as bifidobactérias durante a exposição às condições gástricas, garantindo as contagens corretas de probióticos à entrada do intestino. A distribuição dos ácidos gordos foi afetada pelos diferentes produtos probióticos. Em contraste, o processo de fermentação aumentou o conteúdo relativo de alguns ácidos gordos bioativos, como o ácido elaídico (+11%) e os ácidos linoleico conjugados (+20%). Observou-se também um aumento de ácidos gordos polinsaturados no FBM e um maior teor relativo de ácidos gordos monoinsaturados no UFBM, comparativamente ao leite controlo. Além disso, o processo de fermentação por bactérias bifido melhorou a fracção de ácidos gordos de cadeia longa nos leites bifido em comparação com os leites controlo e bifido não fermentados. O leite controlo e o leite bifido não fermentado apresentaram os mesmos péptidos mesmo após sete dias de armazenamento, em contraste com os leites fermentados que apresentaram um aumento de péptidos bioactivos. É possível sugerir que os peptídeos opióides sejam formados durante o processo de fermentação, aumentando a fonte de peptídeos bioativos. Finalmente, o processo de conservação a frio modificou os péptidos e pôde melhorar a actividade antibacteriana.